Visita do ICMBio
na Reserva Mãe-da-Lua
Nos dias 13 e 14 de maio de 2014, uma equipe do ICMBio visitou a Reserva Mãe-da-Lua e conduziu uma ação de prevenção à caça. Aqui, as "caças" principais são pebas, tatus, veados e aves como jacus e juritis. Além disso, recentemente, houve rumores de que um porco-do-mato (caititu) teria sido abatido nas redondezas da RPPN.
Fomos para as localidades Ribeiro, Vertentes, Retiro e Salitre, todas perto da RPPN Mãe-da-Lua. Visitamos 9 residências de caçadores e mais casas na vizinhança e conversamos com o pessoal. Os fiscais pediram a cooperação da comunidade na preservação da natureza e informaram sobre a legislação ambiental.
Figura 1.
Um dos fiscais do ICMBio, Sr. Francisco Damião de Araujo, conversando com um morador no Ribeiro.Os fiscais explicaram ainda o que acontece se um caçador é flagrado: Se este andar com espingarda, irá ser processado por porte ilegal de arma de fogo. Para cada animal caçado, a multa é de R$ 500 (quinhentos reais), e para animais em extinção, a multa sobe para R$ 5.000 (cinco mil reais). Dentro da RPPN, é o dobro. Por exemplo, a multa para um jacu-verdadeiro (espécie em extinção) caçado na RPPN é de 2*5000= R$ 10.000 (dez mil reais). Se o infrator não pagar, a multa vira dívida ativa na união e não para de crescer, em decorrência dos juros. Esta dívida ativa na união pode causar grandes problemas na vida futura, por exemplo, quando o infrator quiser aposentar-se.
A ação foi produtiva. Falamos até com um homem que, segundo informações da comunidade, teria participado na caça ao porco-do-mato. O rapaz negou saber do porco, más terá talvez receio de caçar de novo. Em geral, a comunidade está ficando cada vez mais consciente de que a natureza precisa ser protegida e que matar animais silvestres é errado.
Figura 2.
Os fiscais do ICMBio, Sr. Francisco Damião de Araujo (centro) e Sr. Antônio Gomes Moreira (direita), e Hermann Redies da RPPN Mãe-da-Lua, depois de uma caminhada de 5 horas na RPPN. Nas trilhas percorridas, não achamos indícios de caça recente.A Associação Mãe-da-Lua queria agradecer pelo bom trabalho dos fiscais Francisco Damião e Antônio Gomes e pelo apoio da CGPRO e da CR5, que foi dado a pesar da grande escassez de recursos para fiscalização. Acreditamos que a operação foi eficaz na prevenção à caça na Serra das Vertentes.