Triplaris gardneriana WEDD.
Figura 1.
O pajeú não é comum na Reserva Mã-da-Lua, más já encontrei vários indivíduos na Caatinga arbórea e especialmente na beira dos riachos. Poucos moradores ou visitantes sabem identificar esta árvore, e, por conta da casca, a espécie é às vezes confundida com a catingueira.A espécie é dioica. As flores femininas são inicialmente brancas, mas, ao secar sua cor muda para castanha (foto). As frutinhas amadurecem dentro das flores secas. Detalhes na figura 2.
No SpeciesLink, a única espécie de Triplaris registrada para o Ceará é T. garderiana (consulta 17/09/2020, 115 registros). Acredito que os exemplares encontrados na Reserva Mãe-da-Lua também pertencem a esta espécie.
Como tantas outras plantas da Caatinga, o pajeú tem valor medicinal. "A decocção da casca ou da raiz é utilizado no tratamento da blenorragia e leucorreia; suas folhas nos banhos de assento para tratar hemorroidas sangrentas e de molho para inflamação dos órgãos internos. Também há relatos para tratar tosse e bronquite .. O chá frio e lambedor da Casca do caule é citado para tratar câncer, gastrite, úlcera, dor, azia, gripe e reumatismo.." (Macêdo et al. 2020, p. 11905).
Literatura consultada
Brandbyge 1986
Lorenzi 1998, p. 280
Macêdo et al. 2020, p. 11905
Meissner 1855, p. 52 e t. 15 IV
Weddell 1849, p. 265 (protólogo)