Senegalia polyphylla (DC.) BRITTON & ROSE
A. glomerosa BENTH.
![](/port/flora_photos/senegalia_polyphylla_00.jpg)
Figura 1.
Encontrei esta ávore de 8m de altura na planície de reserva, em vegetação de Caatinga secundária. Notei acúleos em dois ramos, mas não no tronco. Trata-se provavelmente do espinheiro Senegalia polyphylla.Na Flora do Brasil 2020, S. polyphylla e S. glomerosa são consideradas sinónimos. No Plant List as duas espécies continuam separadas (consultas no dia 19/04/2020).
![](/port/flora_photos/senegalia_polyphylla_01.jpg)
Figura 2.
Um ramo florado.![](/port/flora_photos/senegalia_polyphylla_02.jpg)
Figura 3.
A inflorescência é ramificada, as flores sendo agrupadas em capítulos.![](/port/flora_photos/senegalia_polyphylla_03.jpg)
Figura 4.
Folhas bipinadas, na foto acima com 5-6 pares de pinas e cerca de 20 pares de folíolos. Isso concorda com a descrição do espinheiro em Nickel Maia 2004, p. 189.Segundo o protólogo, Acacia polyphylla (=Senegalia polyphylla) tem 9-12 jogos de pinas, cada com 40 jogos de folíolos (De Candolle 1813, p. 74). Bentham 1876 observou 12-20 jogos de pinas ("pinnis 12–20-jugis") em A. polyphylla (p. 404) e 6-8 jogos de pinas em A. glomerosa (p. 403).
![](/port/flora_photos/senegalia_polyphylla_04.jpg)
Figura 5.
As flores são polistêmones (=poliândricas), i.e. com "número de estames muito maior que duas vezes o número de pétalas" (Gonçalves & Lorenzi 2011, p. 418). Esta característica pode servir na identificação da espécie.![](/port/flora_photos/senegalia_polyphylla_05.jpg)
Figura 6.
Exemplo de um nectário no pecíolo de uma folha. (A) Vista frontal; (B) vista lateral.Compare com Barros e Morim 2014, fig. 3F,K,L.
![](/port/flora_photos/senegalia_polyphylla_07.jpg)
Figura 7.
Não encontrei acúleos no tronco, mas achei acúleos esparsos em ramos velhos e jovens (foto). Compare com Barros e Morim 2014, fig. 3B.Já vi outros espinheiros com muito mais acúleos. Tipicamente, a espécie apresenta acúleos alinhados verticalmente no tronco, como se vê bem na foto 121 em Nickel Maia 2004, p. 190.
Um detalhe interessante: No protólogo, a espécie é descrita como "inermis", i.e. sem acúleos ou espinhas (Candolle 1813, p. 74).
Literatura consultada
Bentham 1876, p. 404
Candolle 1813, p. 74 (protólogo)
Lima & Mansano 2011
Lorenzi 2000, p. 169
Nickel Maia 2004
Plantas do Brasil (Rubens Queiroz)