Lafoensia sp1
Figura 1.
Lafoensia sp. é bastante comum na serra da Reserva e se apresenta como arbusto ou como árvore.As fotos nesta página são de uma árvore (indivíduo 1) de 5m de altura, que cresce ao lado das Rochas do Bomfim. Veja também as fotos de outros exemplares: Indivíduo 2, Indivíduo 3, Indivíduo 4.
Figura 2.
Durante as minhas caminhadas diurnas (geralmente matinais) na Reserva, eu já vi muitas flores de Lafoensia, mas nunca achei flores frescas com pétalas. A razão é que Lafoensia apresenta antese noturna.Provavelmente, a antese das flores mostradas aqui (acima e fig. 1) começou no fim do dia ou no início da noite anterior a minha visita. A noite, os polinizadores principais são morcegos e/ou mariposas (Lourteig 1986, Meira 2020). Quando eu bati as fotos as 10h45 da seguinte manhã, as petalas já haviam caído. Contudo, nesta hora, eu vi ainda insetos e passarinhos visitando as flores.
Figura 3.
(A) O cálice é 10-lobado. Na parte inferior, os pontos de inserção dos estamens na parede interior do cálice são visíveis. Há 2 estamens para cada lobo e 20 estamens no total.
(B) O comprimento deste espécime é de cerca de 30mm (estimado).
Veja também a página sobre a morfologia da flor de Lafoensia.
Figura 4.
Botões florais da mesma planta.Figura 6.
As folhas das espécies de Lafoensia apresentam uma glândula apical, que funciona possívelmente como nectário. Em L. glyptocarpa e outras espécies, o tecido da gândula vira necrótico quando a folha envelhecer (Meira 2000).A foto acima mostra um exemplo de tal glândula (seta vermelha). Não sei se esta glândula é ainda functional, mas vi muitas outras folhas com glândulas apicais inseridas em tecido preto que parecia morto e seco.
Figura 7.
A foto mostra 3 folhas adultas mais ou menos representativas. O comprimento da folha à esquerda é de cerca de 8.6cm (limbo+pecíolo), as outras duas folhas sendo um pouco menores.Figura 8.
O tronco com DAP de 8-9cm. Esta casca é típica para indivíduos maduros e ajuda muito no reconhecimento da planta.Literatura consultada
Koehne 1903, pp. 211ff.
Lorenzi 2000, p. 229/230
Lourteig 1986
Meira 2000, pp. 35ff. e fig. 23-27, 30, 31.
Pohl 1831, p. 144 e t. 198 (protólogo L. replicata)