Dicliptera mucronifolia NEES
Fam.: Acanthaceae

18/06/2017; Reserva Mãe-da-Lua, Itapajé-CE. Câmera Moto G5.
Figura 1.
Na estação das chuvas em 2017, centenas destes arbustos cresceram em algumas áreas da reserva, por exemplo, perto do pé da serra.
21/06/2017. Reserva Mãe-da-Lua. Câmera Motorola G5.
Figura 2.
Segundo Côrtes e Rapini (2013), o androceu das espécies do gênero Dicliptera é caracterizado por "..2 estames exsertos; anteras bitecas, tecas oblíquas, geralmente desiguais.." (Côrtes and Rapini 2013, p. 259). O androceu de D. mucronifolia corresponde a essa descrição. A pequena foto no lado direito ilustra que os estames são realmente exsertos (com as anteras fora da corola).
24/09/2017. Serrote-do-Meio, Itapajé-CE.
Figura 3.
A flor de D. mucronifolia é ressupinada: sua posição é invertida em relação ao estado inicial no seu desenvolvimento (Gonçalves and Lorenzi 2011, Côrtes and Rapini 2013, p. 260). O tubo da corola é virado mais ou menos meia volta (180°) ao redor do seu proprio eixo (foto).Ressupinação existe também em muitas espécies de orquídeas. Charles Darwin propôs uma explicação: a posição invertida da flor poderia facilitar a visita de insetos e assim melhorar a polinização (Arditti 2003, p. 95). Isso poderia igualmente valer para a nossa Dicliptera mucronifolia, porque o lábio inferior (originalmente superior) é bem mais largo e vistoso que o lábio superior (originalmente inferior).
Veja também: Hill 1939.

18/06/2017. Reserva Mãe-da-Lua, Itapajé-CE.