Pleroma heteromalla
Ipomoea hederifolia
Reserva
Mãe-da-Lua

Espécie anterior Próxima espécie
English

Saracura-do-mangue

Aramides mangle
Fam.: Rallidae
 Saracura-do-mangue  (Aramides mangle)
01/03/2009. Reserva Mãe-da-Lua, Itapajé-CE.
Figura 1. Foto feita de uma tocaia, em luz fraca, a sete metros de distância; ISO 800, tempo de exposição 1/25 sec (!), 2.8f.

A saracura-do-mangue geralmente fica escondida na vegetação densa e é difícil observá-la. A ave na foto saiu da cobertura vegetal para cantar, e eu consegui tirar esta foto segundos depois dela terminar.

Há ainda outra espécie de saracura aqui, a três-potes Aramides cajaneus. Conversando com um caçador da vizinhança, notei que ele sabia da existência das duas espécies na nossa região. Com certeza, estas aves são ameaçadas, pois são comestíveis e seus cantos atraem a atenção.

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Seguem algumas informações sobre a biologia de A. mangle.

Morfologia

O queixo e a parte superior do pescoço anterior são de cor cinza claro ou branco. O restante do pescoço anterior e o peito são ferrugíneas. Coroa, os lados da cabeça e o pescoço posterior são cinza. Uma característica importante é a mancha vermelho-alaranjada na base da maxila. Veja também Mata et al. 2006, p. 162/163.

Vocalizações

Veja sons.

Hábitat

A. mangle pode ser encontrado nos brejos e mangues do litoral e em matas adjacentes, por isso, um dos nomes brasileiros desta ave é "saracura-da-praia". Contudo, a espécie ocorre também no interior (Meyer de Schauensee 1970). Na RPPN Mãe-da-Lua, a 40 km do litoral, a saracura-do-mangue vive na Caatinga arbórea da planície e na mata seca da serra, nem sempre perto de água. O indivíduo da figura 1 foi fotografado a 300 metros da próxima fonte de água, em Caatinga arbórea secundária.

Migrações

Não sei se as saracuras-do-mangue permanecem na RPPN durante o ano inteiro, ou se elas migram para outros lugares durante a seca. Minha impressão foi que depois de uma boa estação das chuvas, pelo menos uma parte da população de A. mangle fica na reserva. A ausência de vocalizações durante os meses secos não indica necessariamente que as saracuras migraram.

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