Pleroma heteromalla
Ipomoea hederifolia
Reserva
Mãe-da-Lua

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Crateva tapia L.

Trapiá
Fam.: Capparaceae
Sinónimos: Crataeva tapia (variante ortográfica); Cleome arborea SCHRAD.
Crateva tapia
13/01/2022. Reserva Mãe-da-Lua, Itapajé-CE.
Figura 1. O trapiá é uma planta comum em algumas áreas da Reserva. Apresenta-se aqui como arbusto ou arvoreta com alguns metros de altura, ou, às vezes, como árvore de porte maior.

A foto acima mostra a inflorescência no início da estação chuvosa. Note as folhas trifolioladas e glabras, que ajudam muito na identificação da espécie.

Sobre a época da floração: "Coletada com flor e fruto em janeiro, julho e de setembro a dezembro." (Neto et al. 2014a, p. 677). Isso é compatível com as minhas observações na Reserva Mãe-da-Lua. A floração não é limitada à estação seca, se bem que há informações divergentes na literatura (Nickel Maia 2004, p. 351).

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Crateva tapia
13/01/2022. Reserva Mãe-da-Lua, Itapajé-CE.
Figura 2. A inflorescência é um racemo mais ou menos corimbiforme.

"Corimbo — Inflorescência semelhante ao racemo, mas cujas flores têm pedúnculos de tamanhos diferentes, sendo as mais basais aquelas com pedúnculos mais longos. Isso faz com que as flores sejam apresentadas todas em um mesmo nível." (Gonçalves & Lorenzi 2011, p. 192).

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Crateva tapia
13/01/2022. Reserva Mãe-da-Lua, Itapajé-CE.
Figura 3. A flor do trapiá. Infelizmente, com a lente medíocre da minha câmara fotográfica, não consigo fazer uma foto nítida das petalas e dos estames no mesmo tempo. Mas a foto é suficiente para notar a semelhança entre esta flor e a da Tarenaya spinosa. Antigamente, o trapia e a T. spinosa foram até consideradas congenêricos: Cleome spinosa JACQ. e Cleome arborea SCHRAD., respetivamente.

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Crateva tapia
03/10/2021. Reserva Mãe-da-Lua, Itapajé-CE.
Figura 4. Diâmetro das frutas da foto: cerca de 2cm. A foto não é do mesmo indivíduo que as figuras 1-3.

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Crateva tapia
03/10/2021. Reserva Mãe-da-Lua, Itapajé-CE.
Figura 5. A folha trifoliolada do trapiá.

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Crateva tapia lectotype
Extrato de Plukenet 1692, t. 137. Lectotype.

Taxonomia

Antes de esta planta ser nomeada Crateva tapia por Linnaeus no ano 1753, já havia sido descrita por vários autores, entre outros por Leonard Plukenet, cujo desenho de uma folha desta espécie (Plukenet 1692, t. 137) foi designado o **lectotipo (Cornejo & Iltis 2008). O desenho é a fig. 7 no centro da ilustração acima e mostra uma folha trifoliolada com pecíolo longo.

Em Plukenet 1696, p. 34 encontra-se a seguinte passagem sobre o nosso trapiá:

A descrição de Plukenet consiste em somente 7 palavras: "Arbor americana triphyllos, Allii odore, poma ferens." (Árvore americana, 3-foliada, com cheiro de alho, com "maçãs"). A descrição de Beaumont é parecida.

Veja também Marcgrave 1648, p. 98 (Tapia Brasiliensibus).

**Lectotype: "..the type chosen by a later author when the protologue indicates no holotype; a lectotype must be chosen from among the specimens mentioned in the protologue." (Beentje 2016, p. 74).

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Literatura consultada

Braga 1976, p. 464
Cornejo & Iltis 2008
Eichler 1865, p. 264 e t. 59(!!)
Linnaeus 1753, p. 444 (protólogo)
Lorenzi 1998, p. 60
Marcgrave 1648, p. 98
Neto et al. 2014a
Nickel Maia 2004, p. 349
Pickel 2008 (tradução de Marcgrave)
Plukenet 1696, p. 34
Plukenet 1692, t. 137 (lectotype)

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