Crateva tapia L.
A foto acima mostra a inflorescência no início da estação chuvosa. Note as folhas trifolioladas e glabras, que ajudam muito na identificação da espécie.
Sobre a época da floração: "Coletada com flor e fruto em janeiro, julho e de setembro a dezembro." (Neto et al. 2014a, p. 677). Isso é compatível com as minhas observações na Reserva Mãe-da-Lua. A floração não é limitada à estação seca, se bem que há informações divergentes na literatura (Nickel Maia 2004, p. 351).
"Corimbo — Inflorescência semelhante ao racemo, mas cujas flores têm pedúnculos de tamanhos diferentes, sendo as mais basais aquelas com pedúnculos mais longos. Isso faz com que as flores sejam apresentadas todas em um mesmo nível." (Gonçalves & Lorenzi 2011, p. 192).
Taxonomia
Antes de esta planta ser nomeada Crateva tapia por Linnaeus no ano 1753, já havia sido descrita por vários autores, entre outros por Leonard Plukenet, cujo desenho de uma folha desta espécie (Plukenet 1692, t. 137) foi designado o **lectotipo (Cornejo & Iltis 2008). O desenho é a fig. 7 no centro da ilustração acima e mostra uma folha trifoliolada com pecíolo longo.Em Plukenet 1696, p. 34 encontra-se a seguinte passagem sobre o nosso trapiá:
Veja também Marcgrave 1648, p. 98 (Tapia Brasiliensibus).
**Lectotype: "..the type chosen by a later author when the protologue indicates no holotype; a lectotype must be chosen from among the specimens mentioned in the protologue." (Beentje 2016, p. 74).
Literatura consultada
Cornejo & Iltis 2008
Eichler 1865, p. 264 e t. 59(!!)
Linnaeus 1753, p. 444 (protólogo)
Lorenzi 1998, p. 60
Marcgrave 1648, p. 98
Neto et al. 2014a
Nickel Maia 2004, p. 349
Pickel 2008 (tradução de Marcgrave)
Plukenet 1696, p. 34
Plukenet 1692, t. 137 (lectotype)